Toronto e Montreal - dezembro de 2009

Depois de um Natal no Rio de Janeiro com aquele calor infernal de sempre, viajamos no dia 26 de dezembro para o frio do Canadá. Um sonho!!!! Muita neve! Muito frio!! A ideia surgiu depois que a minha amiga e ex-aluna Juliana havia se mudado no início do ano para Montreal. 

Que viagem incrível. Começamos em Toronto, onde ficamos hospedados no Hyatt.  Bem na frente da CN Tower. Chegamos muito cansados, mas assim mesmo fomos bater perna no centro da cidade. Depois do almoço,  fizemos o check in e entramos no quarto para deixar as malas. Era só isso mesmo. Mas, cada um olhou pra sua cama e tombou pra cima dela. Cochilo básico para repor as energias.  Depois que acordamos, fomos conhecer a CN Tower. Fila imensa, frio terrível e elevador até o topo do mundo. A vista da torre foi uma pequena decepção naquele momento. Como ficamos muito tempo na fila, o sol se pôs e, quando subimos já estava escuro. Mas, teve uma vista noturna da cidade e com direito ao chão de vidro que me assustou. 

Um detalhe legal no nosso quarto é que tinha uma janela imensa com vista para a torre. Durante a noite,  fica toda iluminada e mudando de cor. Atrapalhou um pouco o sono mas achei o máximo. 

No dia seguinte, fomos de ônibus até Niagara Falls conhecer as famosas cataratas do Niágara. Descemos do ônibus e caminhamos pelas ruas com neve e uma sequência de casas lindas. Sempre beirando o rio Niágara que faz a fronteira do Canadá com EUA. Eu tinha lembrança das fotos dos meus pais que foram no auge do verão e, até passeio de barco fizeram. No inverno, claro estavam congeladas. Que deslumbre, ver aquele monte de água congelada. 

Depois de ver aquela belezura toda, tirar fotos e se divertir com os esquilos correndo na neve, fomos conhecer a cidade.  Tem uma rua da diversão (não lembro qual a o nome) que os meninos adoraram. Visitaram museus de coisas engraçadas e bizarras.  

Com Toronto "dominada", embarcamos em um trem para Montreal. Sete ou oito horas de viagem durante o dia.  A viagem foi bem tranquila. Ao nosso lado, tinha uma mulher que apelidamos de "boca nervosa" porque foi comendo sem parar. Ela estava em um grupo de quatro pessoas e, a cada dez minutos, ela tirava algo de dentro da bolsa. De bolo a cenoura picada. Quando o trem parou na estação, para nossa surpresa, a Juliana estava nos esperando na saída e nos acompanhou até o hotel. O Edson cismou que queria ir andando por baixo da terra e foi uma loucura por causa das malas e do tanto de escada que a gente teve que subir. A outra opção seria ir arrastando as malas pela neve ou pegar um táxi. Descartamos essa aventura de malas na neve, claro. E o táxi também porque qualquer economia era bem vinda.

Montreal era uma cidade toda branca. Nunca tinha visto isso. Na verdade, vimos a neve em Farellones (Chile) em julho mas era totalmente diferente. Lá era uma estação de esqui. Montreal era uma cidade de verdade. Calçadas brancas, telhados brancos, árvores brancas, parques, lagos, ruas, enfim, tudo da mesma cor. Achei lindo, claro! Ainda mais para quem tinha vindo dos 45 graus do Rio de Janeiro.



Juliana ficou o tempo todo com a gente, mostrou os pontos turísticos, o apartamento dela, o Starbucks mais perto e o Tim Hortons que era a opção nacional. Nos levou para comprar botas e roupas tipo segunda pele na Canadian Tire, uma espécie de lojas americanas. 

Foto dentro do Biodome


Eu estava encantada com a cidade. Os meninos também adoraram tudo. A virada do ano foi bem diferente do que a gente estava acostumado no Brasil, sempre com muito calor e na beira do mar. Andamos na neve (com o pé enterrando mesmo) para ir a um local onde tinha a queima de fogos. Eu caminhei o tempo todo perguntando pra Juliana se ela tinha certeza que teria gente na rua para a virada do ano. E ela dizia: aguarde! Chegamos no que seria a "praia de Copacabana" de Montreal. Na verdade uma área bem grande para um show e a queima de fogos. Pensa num lugar lotado? Isso mesmo! Muito frio, muita neve, os carros cobertos de gelo, bebês empacotados nos carrinhos e a cidade toda na rua. Foi uma noite inesquecível.



O nosso Hotel em Montreal era o Best Western. O primeiro dia foi tranquilo. Hotel normal com quarto grande e bem iluminado. Mas depois começaram a surgir alguns problemas tipo vaso entupido, dificuldade na reposição de toalhas e uns garotos fazendo algazarra no corredor a noite toda. Depois de dois dias, o Edson ficou meio irritado e resolveu que queria ir embora do Hotel. Entrou na internet e achou um site com um Hotel lindinho e bem charmoso fazendo uma super promoção para quatro pessoas. E tinha que ser na base da promoção mesmo porque o Best Western já estava pago e não teria devolução. As fotos no site eram lindas e ficava bem mais perto da casa da Juliana. FBateu a dúvida porque parecia bom demais pra ser verdade. Já era noite e ele resolveu ir pessoalmente tirar a dúvida e, em caso positivo, já fazer a reserva. Saiu com o Bruno e eu fiquei com o Rafa esperando. 

Nem precisa dizer que adoraram. Fizeram a reserva e voltaram para nos buscar. Passaram na recepção e fizeram o check-out. Em menos de meia hora, já estávamos instalados no outro hotel. Um charme! O quarto era todo no estilo romântico e com um café da manhã muito bom. 

Além de todos os passeios turísticos (escorregar no Mont Royal, maratona de subterrâneo, Catedral Notre Dame, Biodome, patinar no gelo, estádio de Hockey e The Bay)   que fizemos com a Juliana, também fomos comer "putine".  Uma comida típica e deliciosa, apesar de nutricionalmente incorreta. É uma porção generosa de batata frita com tudo que tem direito em cima, molho de tomate, bacon, um queijo quadradinho bem diferente e o que mais o cliente quiser.



A experiência de andar por baixo da terra foi única. Tudo que a gente imagina tem. Bancos, lojas, shoppings, restaurantes, supermercados, entradas para metro, hotéis, cinemas e teatros. É possível passar o dia todo lá em baixo e se locomover para vários pontos da cidade sem precisar ver a luz do dia ou a neve caindo.

Também tiramos um dia para conhecer Quebec City. O pequeno paraíso francês dentro da província de Quebec. Umas quatro horas dentro do ônibus e chegamos. Inglês? Esquece porque ninguém falava isso. Em Quebec City só se fala francês. Pensa no sufoco! A cidade parecia um conto de fadas até porque tinha mais neve que em Montreal. Visitamos o Château Frontenac na parte alta da cidade onde os meninos se divertiram num "esqui bunda" pra neve. O Hotel é lindo e a vista mais ainda.

Depois, saímos para andar pelas ruas antigas com casas de pedra no estilo mais elegante do mundo. Claro, tudo branco! E parecia que  tudo estava preparado para a chegada ,a qualquer momento, de uma princesa na sua carruagem.

Bateu a fome e achamos um restaurante italiano, que nunca tem erro. Garçom super simpático que não sabia falar nada em inglês. E nós, nada em francês. Resolvemos comer pizza. Tentei perguntar o que era uma palavra que não conhecia: "feta". Ele, com toda a boa vontade do mundo, explicou. Não entendi nada e continuei perguntando em inglês. Tipo conversa de doido. Ele teve uma ideia brilhante. Me convidou para levantar e segui-lo.  Eu fui. Entramos na cozinha, onde ele abriu a geladeira e me mostrou uma tábua com um pedaço daquilo que, a primeira vista,  me pareceu ser queijo. Cortou um pedaço e me entregou. Hum!! Muito bom! Quero essa pizza. Só depois que fui descobrir que era um queijo típico da Grécia.



Depois de curtir muito Montreal, voltamos para Toronto e ainda ficamos mais alguns dias. Duas cidades completamente diferentes. Como se Toronto fosse São Paulo e Montreal, o Rio de Janeiro.

O Canadá superou todas as minhas expectativas. Sai de lá com uma vontade enorme de voltar. E quem diria que eu ainda voltaria outras vezes por causa do Bruno.



As fotos estão no álbum do Google fotos - 2009 Canadá

Comentários

  1. Boas lembranças!
    Quando eu fui ano passado a cidade de Quebec todo mundo falava inglês na parte turística. Acho que a cultura já está mudando.

    Algumas correções
    Parágrafo 1
    Depois de uma Natal = um Natal

    Parágrafo 2
    Faltou dizer que a vista da torre foi uma pequena decepção porque o sol se pôs quando a gente estava na fila, então já estava escuro quando a gente subiu.

    Parágrafo 6
    Ele quiz ir por baixo em Montreal e até que faz sentido. Arrastar as malas na neve seria muito pior.

    Parágrafo 14
    Província de Quebec em vez de estado

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