Viagem com Bruno EUA parte III - julho de 2015

Parte III - Rodhe Island - julho de 2015 

Dia 1

Nosso trem durou trinta minutos até o próximo destino da viagem. E foi fácil porque lá em Boston, o nosso hotel era perto da estação e em Providence  também.

O Hotel, apesar de próximo da estação e do um shopping, fica numa região só de casas. Ou seja, nada em volta. A casa era um charme com um quarto lindo e no estilo romântico. Lareira e poltrona para ler um livro antes de dormir. Depois que guardamos as malas, perguntamos para a funcionária onde tinha um local perto para tomar um café simples. Ela disse que no andar de cima tinha a sala de “refrescamento”. Ah tá. Olhei pro Bruno com cara de quem não sabia o que era. Ele também não. Para nossa surpresa, a sala de "refrescamento" era a coisa mais linda do mundo. Só faltava uma vovó sentada fazendo tricô. Tinha café, chá, cookies e bolinhos deliciosos.



Depois desse refrescamento todo, saímos para conhecer a cidade. Acho que nunca passei tanto calor na vida. No meio da rua tive que tirar até a corrente do pescoço porque já estava grudando e irritando a pele. A cidade é bonita, florida, limpa e muito tranquila. Bem com cara de cidade do interior apesar dos prédios enormes. Esperava mais da cidade, mas mesmo assim acho que ela tem seu charme.

Visitamos o museu que pertence a Escola de Design de Rodhe Island. Um lugar imponente e bonito com obras de Monet, Van Gogh, Matisse e outros que esqueci agora. São seis andares de museu e é pra se perder ali dentro.

Almoçamos em um local bem recomendado (Hemenway's Restaurant) e a porção era de um tamanho adequado!!! Até que enfim!!!! Ravioli de lagosta e ricota com molho rosé.

No período da tarde fomos conhecer o bairro italiano. Pra nossa falta de sorte, caiu a maior chuva!!! Ficamos um bom tempo em baixo de um guarda sol de um bar esperando a chuva acabar de desabar.

À noite voltamos para o conforto do nosso hotel.

Dia 2

O dia hoje foi cheio.


Primeiro o nosso café da manhã no hotel. Ali no segundo andar, ao lado da sala de “refrescamento”, outra surpresa. Uma sala que parecia um ambiente de hotel rústico na patagônia. Uma única funcionária chegou delicadamente, nos mostrou a mesa com tudo de mais delicioso que existia. Mas disse que já traria nossa refeição. Tem mais? Bom, fomos até a mesa. Que na verdade, parecia um antigo fogão a lenha com uma tampa em cima. Tudo era lindo, caprichado e delicado. Depois de um tempo ela apareceu com um prato para cada um. Ainda tinha a “refeição”, como ela disse. Torre de panquecas com frutas vermelhas, muito chantilly e mais algumas coisas que não lembro.

Ah! Lembrei-me de algo engraçado. Durante o café da manhã, um casal puxou conversa e perguntou de onde éramos. Bruno respondeu. O senhor tomou um susto por encontrar alguém do Brasil perdido em Providence. Disse que eles eram de uma cidade pequena que fica a uma hora de Boston. E ainda terminou a conversa assim: não vou a Boston nem que me paguem. “Boston is very crazy”. E eu achei Boston uma cidade tão pacata.

Depois partimos para uma visita guiada na sede do governo que fica bem perto do hotel. O prédio é muito imponente e tem uma construção poderosa. O tour foi bem rápido. Acho que durou um pouco mais de trinta minutos.

Seguimos caminhando até uma praça para pegar o ônibus para o museu de culinário de uma das mais importantes escolas de culinária do país - Culinary Arts museum / Johnson & Wales University. O museu é muito bom!!! Valeu a vista. Existe um acervo bem grande de fotografias mostrando a história do dinner, tipicamente americano. Iniciou em Boston, é claro, e era puxado com cavalos.  E, por isso, se locomoviam pela cidade toda. Desenhados no formato de trailer ou ônibus (retangular) e já contavam com os bancos na parte interna. Esse foi o início do fast-food nos EUA. Depois foram ampliando e na década de 70 se popularizou demais.

O museu também conta sobre outras maneiras de servir comida como navio, trem, avião, acampamento, hotel e drive in. A evolução das cozinhas familiares. Os principais chefes americanos, incluindo a Julia Child.

Na volta esperamos muito tempo pelo ônibus e descemos no centro para almoçar no mesmo restaurante do primeiro dia. A próxima atração foi um tour na Universidade Brown, mas quando eu vi o tamanho da ladeira, amarelei!! Bruno foi sozinho e eu fiquei passeando pela cidade.

Voltamos para o hotel para descansar um pouco e saímos mais tarde para o bairro italiano. Sempre caminhando! E dessa vez nada de chuva.

Dia 3


Outro café da manhã maravilhoso, calórico e feliz. Saímos do hotel bem cedo, caminhamos algumas quadras e encontramos o ponto de ônibus com direção a Newport. Era ônibus comum mesmo e a passagem custou 2 dólares. A viagem demora um pouco mais de uma hora e o ônibus vai parando em toda esquina. Pelo preço, estava bom demais.

Newport é uma cidade de praia e que fez muito sucesso na segunda metade do século XIX. Na época, toda família americana rica tinha casa em Newport. Casa não, mansão!!!! Era um lugar só para milionários. Cidade onde se ditava a moda americana. Após a crise nos EUA no final da década de vinte, os milionários foram deixando de ter condições de manter aquele padrão de vida e muitas mansões foram transformadas. Algumas em escolas ou apartamentos e outras viraram locais de visitação. Existe um caminho que se percorre à pé, entre um penhasco e as mansões, que é muito bonito. Fizemos esse caminho com um sol de 75 graus na cabeça. Pensa se passava alguém vendendo água? Ninguém. Eu reclamei muito.

Visitamos a mansão de uma das famílias mais ricas daquela época. Cornélius Vanderbilt e sua esposa tinham sete filhos.  E viviam naquela modesta casa com setenta quartos e vinte banheiros (enormes). A visita foi ótima porque a casa está preservada do jeito que a família usava. Não foi possível tirar foto dentro da casa, mas não tenho como esquecer os detalhes tão lindos que eu vi. Estilo Downtown Abbey.

Atualmente a cidade não é mais só para milionários. Atrai muitos turistas e tem uma movimentação como Búzios. Com muitos bares, lojas e restaurantes.

O Bruno visitou o Museu do tênis e adorou. Esse museu foi construído no local onde era o antigo cassino da cidade.

Entramos numa loja de pipocas saborizadas. Naquela época essa novidade ainda não tinha aparecido no Brasil. Eram mais de duzentos sabores diferentes de pipoca. Acho que o Bruno provou todos. Eu cansei e fui sentar num banquinho do lado de fora. Ele escolheu a pipoca de limão.

A volta foi tranquila no mesmo ônibus no final da tarde. Oito da noite já estava tomando uma sopinha clam chowder perto do hotel.



As fotos estão no álbum do Google Fotos - 2015 Viagem com Bruno EUA
Continua na postagem Viagem com Bruno EUA parte IV - julho de 2015

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