El Calafate - abril de 2013
Chegamos super tarde no aeroporto e fomos pra fila do táxi.
Que táxi? Não tinha! Ficamos sabendo que só tinha um carro disponível e que era
pra sentar e esperar. Fazer o que? Sentamos e esperamos até não lembro quando.
Me senti na roça!
Ainda bem que o hotel era ótimo com uma cama super
confortável. Dormimos muito bem. No dia seguinte um café da manhã bem servido
em um espaço rústico e elegante ao mesmo tempo. O Hotel era todo de madeira e
vidro, o que deixava bem iluminado em todos os ambientes.
Saímos para conhecer a cidade. Charme no melhor estilo
colonial. Como era outono, o frio ainda estava agradável. Contratamos o passeio
até Perito Moreno que inclui a escalada na geleira, a ida até o mirante e o
passeio de barco. Para quem vai fazer esse passeio, é só avisar no hotel que no
dia seguinte, na hora do café, as marmitas estão prontas. Cada um recebeu um
saquinho com sanduíche, salada, suco, água e uma maçã.
O ônibus passa na porta do hotel bem cedinho e segue por
uma hora ou mais de estrada. Aquela pedra de gelo gigante é, simplesmente,
incrível. É estranho imaginar que aquele bloco todo de gelo vai da argentina
até o Chile. Pra subir no gelo tem todo um preparo antes de colocar o sapato
especial. Tipo aqueles patins de antigamente que se colocava por cima do tênis.
Depois, uma explicação sobre como vamos subir, quantos em cada grupo, o que
pode ou não fazer e não se distanciar do líder. Na volta, pausa para o lanche
nas mesinhas de picnic espalhadas pelo parque. A próxima etapa é entrar no
ônibus e ir para o lado onde tem o mirante. Como tinha tomado um pequeno tombo
na descida da pedra, fiquei sentada quieta esperando o Bruno e o Edson.
Lembro de uma
cena inesquecível. Estava sentada num banco esperando, com a calça rasgada e
tentando com um papel limpar um pouco de sangue que ainda saía. Uma senhora
passou, olhou e parou do meu lado. Muito rápida pegou sua garrafa térmica,
abriu seu kit de primeiros socorros (ela era prevenida) e molhou a gaze com a
sua água quentinha. Ajoelhada na minha frente, me tratou como uma criança e começou
a limpar o machucado. Tinha uma amiga dela que se sentou e ficou só falando
palavras carinhosas. Passou mertiolate e depois colocou curitas. O nosso
band-aid. Que delicadeza! Agradeci tanto que quase quis levar as duas pra casa.
Por causa delas, até hoje carrego um monte de band-aid na bolsa para poder
retribuir essa gentileza para alguém . E até já consegui.
Ferida curada!
Eles voltaram e agora a última etapa do passeio era o barco. Que espetáculo! A
gente passa bem pertinho do bloco e pode ver e ouvir o estrondo de quando um
pedaço se desprende.
Depois dessa
aventura, a nossa viagem ficou por conta de andar pela cidade e curtir a comida
boa. É a terra do cordeiro. Cordeiro da Patagônia, já ouviu falar? É lá mesmo.
Lembro que fizemos reserva para jantar em um restaurante que foi sugestão do
Bruno. Resolvemos ir a pé mesmo. Mas a estrada estava meio escura e eu fui
ficando um tanto apavorada. Era uma espécie de pousada no meio do mato.
Entramos no restaurante e, como a pousada tava vazia, o restaurante foi só
nosso. Atendimento nota mil e a comida melhor ainda. Só não lembro o
nome.
Já ia esquecendo
de contar que nessa cidade tem cassino. Uma noite o Edson e o Bruno se
aventuraram e até ganharam um trocadinho.
As fotos estão no álbum do Google fotos
- 2013 El Calafate x
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