França - julho de 2013 (viagem parte I)
Essa postagem parece propaganda de supermercado na TV porque eu coloquei preço em tudo.
Quando estávamos ainda em Buenos Aires, já sabíamos que seria o último ano do Rafael porque no ano seguinte, ele voltaria para fazer concurso no Brasil. Além disso, o Bruno, com certeza, passaria para uma universidade no Canadá. Ou seja, cada um seguiria para um lado. Então, resolvemos fazer uma viagem nós quatro. Eu estava com uma sensação de últimas férias juntos.
Quando estávamos ainda em Buenos Aires, já sabíamos que seria o último ano do Rafael porque no ano seguinte, ele voltaria para fazer concurso no Brasil. Além disso, o Bruno, com certeza, passaria para uma universidade no Canadá. Ou seja, cada um seguiria para um lado. Então, resolvemos fazer uma viagem nós quatro. Eu estava com uma sensação de últimas férias juntos.
Sugeri para o Edson que o destino fosse surpresa pra ele e
para o Rafa. Ele gostou da ideia. Então, eu e o Bruno, planejamos uma viagem de carro pela região da
Nova Inglaterra nos EUA. Eu vi um roteiro assim e adorei. Mostrei para o Bruno
e também gostou da ideia.
Fiquei meio insegura e resolvi contar para o Edson, que em
princípio só saberia o destino no dia da viagem. Ainda bem que contei! Eu não não
lembrava que o Rafael não tinha visto americano. Mudanças de plano com urgência e,
dessa vez, com todo mundo participando. Escolhemos Paris, Vale do Loire,
Normandia, Bretanha e Londres. Viagem incrível! Cada lugar melhor que o outro.
Embarcamos dia 7 de julho para uma semana em Paris. Edson
reservou o Hotel Adágio. Grande, apartamento amplo e perto do metro e da torre.
Só não tinha muita coisa nos arredores.
Passeamos muito e os dias estavam lindos. O verão deles é
muito diferente do que conhecemos no Rio de Janeiro. Adorei a loja de chá kusmi tea que fica na Champs Elysees. Gostei da Galeria
Lafayete, mas, é claro que, a Harrolds de Londres, meu sonho, é muito
melhor.
Arco do Triunfo, Museu Rodin com seu jardim aconchegante,
Jardins de Luxemburgo, Torre Eiffel, enfim, fizemos todos os pontos turísticos.
A torre tem uma fila gigantesca "elevada ao quadrado". Mesmo com dia de sol, lá em cima
faz muito frio. Eu e o Rafa ficamos resfriados e, por causa disso, não fomos ao
Palácio de Versalhes no dia seguinte. O melhor de tudo foi o tour de bicicleta
pelas ruas em um sábado à noite. O tour começou às sete da noite e terminou por
volta de onze. Paramos para tomar sorvete de framboesa em uma sorveteria que era só portinha.
Que delícia. Depois teve passeio pelo Rio Sena e continuação da bicicleta.
Nessa época a Cândia estava morando em Paris. Então, combinamos um jantar em família. Eles nos levaram no restaurante Au Petit Sud Ouest (€180,35) para fazer degustação de foie gras e eu não conhecia. O ambiente era bem descontraido e comemos foie gras em várias maneiras diferentes.
O melhor restaurante que conhecemos foi o Lenôtre (€158,80)
que tinha um chef que inspirou o filme Ratatouille.
Li isso em algum lugar, mas nem sei se é verdade. Só sei que adoramos! Em outro dia, por indicação do Zé Carlos, fomos conhecer o Deux Magots (€98,50).
Gostei do steak tartare, mas o croque
monsieur do Daniel Briand, em Brasília, é bem melhor.
É claro que não perdemos o Le Relais de l' Entrecôte que eu
já conhecia em Londres e fomos duas vezes (€156,20 e €158,90).
Divino!
No dia 14 de julho, data em que se comemora a tomada da bastilha, viajamos
de carro para Amboise. O Hotel era um charme! Uma casa com um jardim ao lado e
os dois quartos ficavam na parte de cima com uma escada pela lateral.
Atendimento ótimo e muito acolhedor. Nesse dia a cidade
estava muito cheia por causa do feriado. Mas conseguimos passear e fazer a visita ao
Castelo que fica bem no centro da cidade e que tem uma vista deslumbrante para
os telhados de cor cinza. Apesar do sol se por muito tarde, as lojas fecham às
sete horas e só os restaurantes continuam abertos. Mas esse era um dia especial
por causa da queima de fogos na beira do Rio e foi muito legal. Antes da queima
de fogos jantamos no Sarl Chez Bruno (€ 96,50) e os preços são mais em conta que em Paris. Comemos
até uma entrada de escargot. Por recomendação da Cândida, a viagem pelo
interior da França foi regada a vinho rosé. Ah também comi o crepe suzette e é claro, que
o do crep au chocolate é melhor.
A queima de
fogos na beira do rio foi muito linda. Tipo Copacabana mesmo!
No dia
seguinte, visitamos dois Castelos na cidade de Blois, o Chenonceau (gostei mais) e
o Chambord. O nosso almoço foi nos arredores do segundo castelo. O lugar
era lindo, mas a comida, nada demais (€ 108,70).
Na manhã do
outro dia, saímos de Amboise e a primeira parada foi em Vitré. Uma cidade
medieval muito lindinha e com um castelo que foi construído no ano 1100 (mais
ou menos). Da torre do castelo podemos avistar toda a cidade. O almoço foi uma indicação
muito boa do tripadvisor, o La Soupe Aux Choux (€ 95,30). Comida ótima e pratos bem decorados. O detalhe
é que o pão, servido de entrada, ficava "meio" no chão e na
porta do banheiro. Quem mandou o Bruno ir ao banheiro e descobrir isso? A sobremesa foi uma degustação com vários potinhos. Fui ao
céu e voltei três vezes! Em seguida, pegamos estrada para conhecer mais uma cidade: Rennés (uma das maiores cidades do interior). Caminhamos pelo centro enquanto Rafael ficou sentado tomando sol nas
cadeiras de praia bem no meio de uma praça. Também visitamos um parque enorme
onde tinha um jardim deslumbrante. A cada passo que a gente dava, a paisagem
ficava mais linda.
Ao final do
dia, chegamos ao Hotel Le Gué du Holme na pequena cidade de Saint Quentin. Como ainda era cedo fomos conhecer a praia de Jullouville, por indicação da dona do hotel.
O lugar era bem bonito, um areal enorme que não tinha fim e com um monte de casinhas para as pessoas guardarem as coisas de verão. Para o jantar, resolvemos conhecer uma creperia da cidade (€59,20) que estava bem avaliada. Eu escolhi um crepe com molho de tomate e azeitona que
estava muito bom. Esse foi o restaurante que eu não descobri como abria a
torneira.
Um detalhe curioso é que a dona do Hotel, logo na nossa chegada me perguntou se a gente ia jantar e eu disse que não. Daqui a pouco voltou e insistiu na
pergunta. Eu dei a mesma resposta. perguntou a terceira vez e eu, agradeci e disse não de novo. Saímos para o passeio na praia e ela
perguntou de novo. Já estava até cansando, mas ela era tão simpática que nem
liguei mais.
À noite, quando já estava deitada, comecei a checar mais sugestões
na internet sobre o que fazer naquela região. Tomei um susto! Descobri que o
restaurante daquele hotel servia um jantar inesquecível, segundo os comentários
dos turistas. Uma verdadeira experiência gastronômica, era o que eu mais lia. Adoro isso! Ah, por isso a
pessoa estava insistindo tanto. No dia seguinte, quando encontrei com ela
disse: hoje vamos jantar aqui!!
Na manhã seguinte, depois de um ótimo café da manhã servido na varanda, saímos para conhecer Saint Malo, uma cidade intra-muros. Achei até difícil de descrever porque nunca tinha ido a uma cidade daquele jeito. As pessoas moram lá dentro. Tem
prédios, restaurantes, igreja (San Vicent), consultório médico e tudo que
precisa numa cidade normal. Só que essa tem porta mesmo. É tão legal que dá
para subir no muro e andar em volta da cidade. Não sei se pela cidade toda
porque andamos só por um pedaço do muro. Anos mais tarde, li um romance
maravilhoso que se passava em Saint Malo. Toda luz que não podemos ver.
Já que estávamos na região do crepe, era o que a gente queria em todos os
horários. Comi um crepe de alho poró, vieiras (saint jaques) e creme fraiche que
estava um sonho e a sobremesa foi crepe suzette. O Restaurante se chama Moulin
Vert (€88,50) mas tem vários!!
Eu e Edson passeamos pela cidade enquanto os meninos foram
a praia que fica do lado de fora. Nesse dia o Bruno resolveu pular do
trampolim e perfurou o tímpano. Isso mesmo! No hotel tivemos até que chamar um médico. Depois desse incidente, pegamos o carro
e, na estrada, voltando para o hotel, o Edson colocou a gasolina errada. O
próximo programa foi: achar uma oficina, levar o carro e ficar horas esperando
a retirada do que foi errado, a limpeza do tanque e encher de novo. A oficina que achamos cobrou uma pequena fortuna para resolver aquela encrenca.
O importante naquele dia era chegar a tempo para "aquele"
jantar no hotel que seria servido as 19 horas. Ainda bem que deu tempo até de todo mundo
tomar banho e se embelezar. No maior sol do mundo de um verão ameno, sentamos num jardim belíssimo, com flores para todos os lados e esperamos o grande momento. Realmente foi uma verdadeira
experiência gastronômica e merecia mesmo muitas avaliações positivas na internet. Tudo combinava. O clima, o sol ficando cada vez mais
discreto, as árvores do jardim, a simpatia no atendimento, o vinho e a
comida. foram muitos pratos mas eu lembro de alguns: Foie gras com geléia de figo, um delicioso filé com purê
de cogumelo e batata noisette, petit gateau com sorvete de caramelo
crocante...café com madeleines. Quero voltar!
O passeio do dia seguinte foi ao Mont Saint Michel. Um lugar
mágico. Incrível olhar e lembrar o detalhe da maré baixa. A gente para o carro
em um estacionamento gigantesco e vai de ônibus até perto da entrada. Ainda
anda um bom pedaço até entrar na cidade. O lugar estava muito cheio, mas dava
para passear tranquilamente. Na verdade, era só fingir que não estava vendo
ninguém. Apesar de ter uma quantidade grande de restaurantes não encontratamos nada muito atrativo. E só sentamos mesmo para matar a fome. A melhor opção é o crepe
e escolhemos o Le Chapeau Rouge (€ 55,20).
Depois do almoço, entramos no
"mosteiro" (não sei se era mesmo um mosteiro, mas parecia) e vale
muito a pena. Clima meio místico, vista deslumbrante e a imaginação
de pensar em pessoas morando lá dentro. No final do dia, fomos conhecer a praia
de Granville onde o Rafael ficou sentado em uma cadeira estudando. Ele adorava um
momento de relax. Eu, o Edson e o Bruno fomos andar pela cidade. Ruas
estreitas e comércio simpático.
A próxima parada foi em Avranches onde tudo estava fechado
porque já eram sete da noite. Jantamos em uma indicação do tripadvisor e foi um
dos melhores da viagem. Numa rua bem estreita e com calçada que passava um de
cada vez, encontramos a placa do lugar. Na porta do restaurante a gente quase
voltou porque tinha uma fachada meio sem graça. Mas como a garçonete apareceu bem rápido, não dava mais pra sair correndo. Acho que eram só umas três ou quatro
mesas lá dentro. A mocinha fez a seguinte pergunta: dentro ou fora? Nós quatro
nos olhamos sem entender muito. Não existia o "fora". A calçada, como
falei, passava uma pessoa só. Quando o Rafael ia dizer dentro, o abusado do
Bruno tomou a frente e soltou: fora. E eu pensando, onde seria isso? E
como a garota iria se virar? O "fora" era em cima de um tablado na
esquina! E lá fomos nós. Que legal! A garçonete atravessava a rua com a bandeja
de comida na mão. O restaurante era o Le Tripot (€94,50). Não lembro que comemos mas tudo estava gostoso.
No dia 19, saímos de Saint Quentin para a região da Normandia. A
primeira parada foi na cidade de Arromanches para ver um filme sobre a guerra
em um cinema 360 graus. Essa é a praia onde aconteceu o desembarque da
Normandia e a cidade vive em função disso. O almoço foi pertinho da praia na
Brasserie d'en face (€70,30) e comemos hambúrguer. Pra quem estava, nos últimos dias, a base de
crepe, aquele super hambúrguer caiu muito bem.
Seguimos para Point du Hoc que é um rochedo à beira mar,
ainda na Normandia, onde existem os buracos das bombas e as trincheiras da época
da guerra. Depois, fomos conhecer o memorial de Caen. Eu já estava meio cansada
e fiz a maior pressão para o programa acabar rápido. Uma chata! Mas o
lugar é legal e vale a pena. O que mais me chamou atenção foram os detalhes:
prendedor de cabelo encontrado perto de um lugar onde jogaram uma bomba, uma
bolsa com coisas de bebê, uma boneca, diários, retratos de famílias que
morreram. Um lugar impressionante! No final do dia chegamos em Deauville!
O Hotel de
la Cote Fleurie (€431,20) era simples
mas com um bom serviço. Omaior calor na cidade e o hotel só tinha ventilador de mesa. O maior sufoco para dormir. A cidade é pequena e o hotel fica a poucas quadras do
centro. A cidade é uma gracinha! Adorei passear na praia no final da tarde e ver as
barracas coloridas fechadas. Passeamos um pouco pelas ruas de comércio e depois, jantamos em um barco que ficava no final da praia. La
Peniche (€117,00). Pra
variar, comida boa e atendimento agradável. Muito legal mesmo. Nove horas
da noite e a gente no barco vendo a praia.
No dia seguinte, passamos o dia na cidade, mas também aproveitamos para conhecer Treauville, uma cidade que
fica ao lado e era só atravessar uma ponte. Tem mais opção de restaurantes e me
pareceu um pouco mais movimentada. Porém, Deauville tem mais charme. Entrei em um salão, cortei o cabelo e adorei! Almoçamos
só eu e Edson, no La Cantine (€66,80)
porque esse era o dia livre o os meninos estavam na praia. A cidade tem muitas
lojas de roupas e coisinhas diferentes, inclusive uma só de talheres fashions.
Comprei colheres de café para a minha adorável coleção. À noite, nos encontramos
com os meninos e jantamos na Brasserie de la Mairie (€131,00) onde o Bruno comeu um tartare e eu mandei
foto pra Maria Claudia. E, é claro, ela reclamou muito!
No dia 21 de
julho o Bruno fez 18 anos! E foi nossa despedida da França. O café da manhã foi
no jardim do Hotel e estava um dia lindo. Adoramos. Depois, pegamos a estrada
para Paris.
Chegamos na
estação e, depois de muita dificuldade para entregar o carro e "achar" a plataforma,
embarcamos para Londres. Essa viagem continua na postagem "Londres - 2013"
As fotos estão
no álbum do Google fotos - 2013 Europa
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