Bruno em Portugal - agosto de 2018
Pela primeira
vez o Bruno veio nos visitar em Portugal e agora só falta receber o Rafael com
a Emília.
A ideia era
passear por alguns lugares com um roteiro bem estruturado mas não foi bem
assim. Logo no primeiro dia passeamos por Belém para comer os deliciosos
pastéis e andar até o monumento dos descobrimentos. Depois exploramos bem
o centro da cidade e a praça do comércio.
No segundo dia acordamos bem cedo para inaugurar a fila do
Castelo de São Jorge com aquela vista deslumbrante. O dia estava lindo. Em
seguida, pegamos a estrada para Cascais e almoçamos em uma tratoria porque eu
já estava com saudades de uma boa comida italiana. Para continuar o dia, fomos
até o Cabo da Roca que é o ponto mais ocidental da Europa e venta horrores. Dá
próxima vez, só vou enrolada num cobertor. Mas a vista é bonita e vale a pena.
O detalhe é que o GPS nos mandou por uma estradinha bem ruim e depois descobrimos
uma melhor para a volta.
No sábado, como era nosso último dia em Lisboa, marcamos um
almoço com a Cândida e o Carlos no mercado da Ribeira. Chegamos bem cedo porque
é muito difícil conseguir uma mesa. Cada um pediu um prato diferente e ficamos
um bom tempo conversando e rindo. Depois continuamos a sessão gargalhada na
padaria portuguesa com um bom café e os pastéis de nata. Pegamos a
estrada na direção de Aveiro mas paramos, primeiro na linda praia de Foz do
Arelho e depois, em Alcobaça para visitar o museu que estava fechado. Mas não
fomos embora sem comer um hambúrguer maravilhoso na
"meat-hamburgueria" que é o point da cidade.
Chegando em Aveiro, apresentamos a cidade para o Bruno e a
primeira coisa gostosa a comer foram os ovos moles de Aveiro. Mas também falei
pra ele que todo turista tem a obrigação de comer um pastel de nata por dia
para depois morrer de tanta saudade de Portugal. E assim, ele fez todos os
dias.
Tentamos ir a praia no dia seguinte mas "algum"
pé frio veio do Canadá e, pela primeira vez, em quase um mês, o dia amanheceu
nublado. Mudamos de ideia e fomos passear em Coimbra. Visitamos a Universidade
com seus detalhes e vista para todos os lados e também fizemos a visita na
biblioteca Joanina. Ainda bem que não vimos morcegos que são funcionários
eficientes na preservação dos livros.
Almoçamos em um micro restaurante bem no coração do campus
e comemos um sanduíche de leitão delicioso. Bruno tirando a barriga da miséria.
As ladeiras de Coimbra são ingratas e o nosso carro deu vexame em uma subida.
Depois seguimos viagem para as ruínas de Conímbriga que foi um importante
centro durante o Império Romano.
No dia seguinte, resolvemos iniciar uma viagem sem destino
e apenas ir escolhendo o hotel no final do dia. Começamos pelo passeio no
Porto. Andamos pela cidade, incluindo uma fila para conhecer a livraria Lelo
que é belíssima mas lotada. Almoçamos em uma "portinha" com uma
comida muito boa e um vinho rosé. Partimos para conhecer a estrada que beira o
Rio Douro, começando por Régua do Peso. Realmente a estrada, ou melhor, a estradinha,
tem um visual incrível. E em toda sua extensão, vamos encontrando os vinhedos e
plantação de azeitonas. Nosso destino final foi a vila de Pinhão, de onde saem
alguns cruzeiros que passeiam até a barragem do douro um pouco acima de Régua.
Essa vila não tem muito charme mas escolhemos apenas para jantar porque nossa
noite foi em uma aldeia chamada Casal de Loivos que fica bem no alto e tem
menos de 200 habitantes. A ideia inicial era jantar primeiro em Pinhão e depois
subir para a aldeia. Como ainda era cedo resolvemos nos apresentar no
Alojamento Local (assim que chamam aqui), deixar nossas coisas e depois voltar
para o jantar. Foi desesperador o que o GPS , mais uma vez, aprontou. Nos levou
por uma estrada super íngreme que não tinha fim e era muro alto dos dois lados.
Detalhe: mão dupla. A sorte é que não veio nenhum carro. Quando chegamos no
alto o Edson disse: não volto para jantar! Ainda bem que descobrimos que era a
estrada errada. A outra era íngreme também só que bem mais larga e com uma boa
visão da cidade. O hotel era uma casa de dois andares onde os donos dormiam em
baixo e três quartos acima eram disponibilizados para hóspedes. Lugar simples
mas bem simpático. Quando entramos no quarto e abrimos a porta da varanda foi
um show à parte. A vista deslumbrante para o Rio Douro e todos os seus
vinhedos. Foi um fim de tarde sensacional.
Em Pinhão procurei restaurantes e, apesar de ter uma boa
oferta, acabamos sentando em um "quase boteco" bem em frente a
estação de comboio porque o dono nos convenceu que iriamos comer a melhor
francesinha do país. E foi verdade!! Que delícia! Depois quando perguntamos se
tinha alguma sobremesa ele veio com o mesmo papo: aqui tem o cheesecake feito
pela minha esposa que vai ser o melhor que vocês já comeram. Não resistimos e
acabamos comendo quatro fatias de tão bom que era. Nem quando fomos na
Cheesecake Factory em Nova Iorque, tinha um tão gostoso assim.
A melhor francesinha do mundo |
No dia
seguinte, o amanhecer com a vista do Douro foi mais um presente para completar
nossas férias. O pequeno almoço foi servido na mesa da sala junto com todos os
hóspedes. Nós, um casal da Holanda e outro do Canadá. A menina da Holanda disse
que não podíamos perder "Bom Jesus" com um inglês difícil demais de
entender.
Acordamos com essa vista na nossa varanda |
Pé na estrada e fomos na direção de Guimarães que é uma
cidade quase cenográfica. Depois dava para chegar até Braga mas o Bruno
desistiu. Acabamos achando um restaurante no meio de uma vila e super escondido
chamado Cozinha da Terra. Não sei como o Bruno encontrou aquela preciosidade.
Só serve para quem faz reserva e a sorte e que ele ligou perguntando se tava
aberto e disse que eramos três e isso já valeu como reserva. É uma casa de
pedra e com um serviço de várias entradinhas na mesa cada uma melhor do que a
outra. Não lembro o que foi de prato principal mas tava ótimo. Na hora da
sobremesa, perguntamos as opções. O garçom falou tudo e eu fiquei pensando. Ele
disse que quando o cliente tem dúvidas quem decide é ele mesmo. Escolheu, por
mim, uma sobremesa que levava nozes, ovos moles e mais alguma coisa que eu não
lembro. E disse que quando eu terminasse, iria dizer assim: você vai comer e
dizer depois:"menino, menino, você tinha razão". Nem preciso comentar
nada.
Conhecemos a praia da Caminha e fomos até as
fortalezas de Valença. Esse lugar faz a fronteira com a Espanha. De lá, como
era bem pertinho, resolvemos reservar um hotel na Espanha. Escolhi um que
parecia o paraíso de tão lindo que era. No meio da floresta, com uma vista
linda, quarto bonito e comida divina. Assim estava descrito. Depois de fazer a reserva,
li uns comentários e fiquei meio insegura. O Edson ligou para cancelas mas foi
convencido pelo dono de que seria muito bom. Fomos. Atravessamos a ponte e
chegamos na Espanha. Entramos na tal floresta e subimos por uma estrada
esquisita. Passava boi e vaca na estrada mas não chegava o hotel. Encontramos
mas era uma propaganda bem enganosa. Parecia uma roça bem mal cuidada. Não
gostei.
Voltamos
pra Portugal. Achamos uma hospedagem em Vila Nova de Cerveira. Uma casa legal
com uma senhora simpática. A cidade toda enfeitada de crochê. Sentamos pra
comer em uma casa de tapas em baixo da linha que passava o trem. Até tinha um
aviso avisando que o trem passava mas a gente não levou a sério. Até que ele
passou. Literalmente, na nossa cabeça. Gargalhada geral.
Acho que o
Bruno gostou muito dessa viagem!!
As fotos
estão no álbum do Google fotos - 2018 Bruno em Portugal
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