Viagem com Bruno EUA parte II - julho de 2015

Parte II - Boston

Dia 1

Nossa viagem de Mystic para Boston demorou mais ou menos uma hora, ou seja, não deu nem pra dormir no trem. O Hotel ficava pertinho da estação (três quadras) e fomos caminhando por uma rua linda. Foi só o tempo de deixar a mala no quarto e, rua!!!

Almoçamos em um fast food chamado bgood bem pertinho do hotel e com uma proposta bem legal de ingredientes saudáveis vindo de fazendas só da região de new england. Nas paredes têm as fotos dos fazendeiros responsáveis e conta como cada um manda seu produto para o restaurante. Viciei!

Passamos a tarde inteira andando pela cidade. Biblioteca pública, uma igreja em estilo gótico que fizemos visita também, ruas de comércio, parques e depois atravessamos a ponte que leva a cidade que fica em frente: Cambridge. Bem no final da ponte começa a MIT e passeamos pelo campus e entramos em vários prédios. Essa é sempre a minha parte predileta das viagens. O campus é bem diferente de Yale porque são construções mais normais, tipo prédio comum e sem muita emoção. Mas é bonito do mesmo jeito com tudo impecável.

Na volta pegamos o metro que parece um ônibus e as estações são mais "feinhas". O jantar foi em um restaurante perto do hotel com uma comida boa, mas uma atendente pouco simpática que não mereceu 18% de gorjeta!! 

Resultado do dia: 23 mil passos, segundo o aplicativo do meu iphone. Bruno sempre faz isso comigo.

Dia 2

Acordamos cedo e saímos procurando um lugar para o café da manhã. O escolhido foi o pret a manger que nós já conhecíamos de Londres. Depois passeamos pelo bairro mais elegante da cidade - Beacon Hill. Toda a cidade tem a mesma cara por causa desse tipo de construção, mas nesse bairro parece que é tudo mais lindo ainda. Como se fosse possível.

Nesse mesmo bairro fizemos uma visita guiada na casa da "Rose". Uma feminista rica que viveu numa casa linda e depois, transformada em museu. A casa está preservada do mesmo jeito que a família vivia. Tem as toalhas no banheiro, a louça na cozinha, os livros. Um charme!!! Eu me senti como se estivesse vivendo num livro de Jane Austen. Esse foi um passeio incrível!!! A guia (Julia) nasceu na Bahia e ama Brasil.

Depois, seguimos, num lindo dia de sol, para conhecer os principais pontos turísticos. A cidade respira a época da independência americana. Aliás, viemos para cá exatamente na semana da comemoração do dia 4 de julho.

A cidade está lotada de turistas. Todos os locais são bonitos e bem organizados para receber visitantes.

Voltamos para o hotel no final da tarde. Depois, quando bateu a fome, comemos um hambúrguer no bgood porque era pertinho. Delicioso!!! Na volta caminhamos para o lado oposto do hotel e acabamos descobrindo um bairro lindo com os mesmo prédios baixos, mas com um pouco mais de charme. Um lugar bem reservado e com muito jardim.

Amanhã será a festa de 4 de julho!!! Será que vamos encontrar torta de maçã?

Dia 3

O dia 04 de julho é comemorado em todo o país e, nada mais significativo do que passar esta data em Boston. Foi aqui onde tudo começou nos EUA e também onde foi declarada a independência em 1776. A cidade estava em festa. Tinha gente vestida de todo jeito, com a bandeira do país em forma de short, chapéu, vestido, pashimina, bandana pra cachorro, casaco e meia. Pra não dizer que eu não estava no clima, comprei um lenço para o pescoço com a carta da declaração da independência. Fashion demais.

Bom, pra começar o dia que amanheceu cinzento, fomos procurar um café da manhã. Muito lugar fechado porque era feriado. Então, depois de andar muito, encontramos um café italiano bem gostoso. Depois, a nossa programação era visitar o museu da festa do chá. Caro demais pro meu gosto. Vinte e cinco dólares por pessoa!!!!!! Mas acho que vale a pena cada centavo. O que nós vivenciamos foi uma encenação do momento em que os americanos jogaram as caixas de chá no mar. Lembrei direitinho dessa aula no colégio. Muito legal! O museu é bonito e tem muita interação. A lojinha é mais linda que eu já entrei.

O almoço foi em um trailer que vende sanduíche de lagosta e a sopa clam chowder. Uma fila enorme de quase 40 minutos, mas valeu porque o sanduíche era bom de verdade. A sopa, nem se fala!!!

Depois, desse almoço fomos conhecer o bairro italiano que é bem diferente do bairro em nova Iorque. Aqui tem muito mais charme tanto nas ruas quanto nos restaurante. Em cada quarteirão deve ter uns quatro ou cinco e todos com fila de espera. Acho que toda a cidade estava no bairro naquela hora. Aliás, nem era hora do almoço. Quatro e meia da tarde.

Uma coisa que me chamou a atenção na cidade foram os telhados dos prédios misturados com o azul do céu.

Voltamos para o hotel para descansar um pouco antes da festa que seria na beira do rio. Lotado!! E, não parava de chegar gente. Muita família, carrinho de bebê, estrangeiros que vivem aqui e turista americano de outros estados e cidades. Tudo muito tranquilo. As famílias colocam toalhas no chão e fazem pic-nic para esperar a festa. Ficamos até o início para ouvir o Hino Nacional e depois saímos para comer uma pizza. 

Encontramos uma pizzaria mais ou menos perto. Jantamos e depois voltamos porque a queima de fogos ia começar as 22h30. Lotado. Mais do que antes! Só conseguimos ficar numa posição bem distante do rio, mas deu pra ver a queima de fogos com algumas árvores atrapalhando. Festa linda!! Os americanos adoram!! 

No final, uma quantidade muito grande de pessoas saindo pela mesma rua (onde estávamos) num ritmo bem lento, mas ninguém se aperta ou espreme a outra. Tipo civilização total. E aos poucos a multidão foi se dispersando.

Dia 4

O dia amanheceu lindo e ensolarado!! Perfeito para tour de caminhada pelas ruas do bairro Back Bay onde nos hospedamos. 

Depois fomos de metrô até Cambridge. Dia de conhecer Harvard. Antes paramos para almoçar em uma taverna na frente da entrada principal do campus. O meu almoço foi no estilo brunch. Ovos com torradas e espinafre. Já o Bruno, caiu de boca num sanduíche de pastrame!!

Entramos em Harvard. Sem palavras para descrever o lugar que, tantas vezes eu vi nos filmes e tive vontade de visitar. Lindo demais e os gramados bem cuidados.  Cadeiras coloridas espalhadas para as pessoas sentarem em baixo das árvores e, fazer nada ou, sei lá, pensar na vida. Dispensa mais comentários. Esta é a Universidade mais antiga do país, mas parece que foi construída no ano passado de tão conservada que está. Como eles sabem valorizar o patrimônio!!!

Tentamos entrar na biblioteca, mas é só para os alunos. Uma pena. Em Yale nós entramos e ficamos muito tempo perdidos por lá.

Dia 5

Hoje acordamos sem pressa e tomamos café no bar que fica em baixo do hotel. Lugar simpático e com umas panquecas bem artificias, mas gostosas.

O passeio do dia foi uma praia chamada Revere Beach.  Mas antes caminhamos "léguas" para encontrar uma livraria de livros usados que o Bruno encontrou na internet - Brettle Bookshop. Muito interessante. A loja tem um espaço interno grande e também ocupa uma área do lado de fora (lateral) quase do mesmo tamanho que a interna. Todos os livros bem organizados nos carrinhos em forma de prateleiras. Tudo ao ar livre e, se chover, já era!!! Nesta parte não tem funcionário. É na base da honestidade. Gostou, pegou, entra lá na loja e paga. E o povo faz direitinho. Mas Bruno não achou o que estava procurando.

Então, seguimos para o metro a caminho da praia. Apesar de fazer conexão, a viagem foi bem rápida. A estação fica na quadra da praia!!!! É só atravessar a rua e já dá pra entrar no clima. O dia estava bem ensolarado. Praia bonita com muita areia pra chegar até a água gelada demais e muita concha grande quebrada. Não entendi. Acho pode ser isso. Na entrada da praia tem um cartaz informando que não pode catar conchinhas. Diferente isso!! Eu não ia carregar, mas e as crianças? O ambiente era bem familiar e não estava muito cheio. Não passa nenhum vendedor. De nada mesmo. Água, coco gelado, sorvete, nem pensar.

Na volta da praia fomos almoçar naquele bairro italiano. Fiquei procurando um restaurante com cadeiras sem estofado porque "alguém" estava com o short molhado. Esqueci o nome do restaurante, mas foi muito bom. Passamos em uma confeitaria e ficamos impressionados com o tamanho dos doces e a fila de gente comprando. Era como um churros gigante e com muito recheio. Um exagero. Claro que passamos longe!! Lembrei: Canollis do Mike

Depois do almoço ainda caminhamos bastante pela cidade e eu voltei para o Hotel para descansar um pouco. O Bruno foi ler no parque.

O programa da noite foi subir no prédio mais alto para ver a vista da cidade. Claro que a vista foi linda!! Fomos na hora do por do sol e isso deu um grande charme no visual. A cidade é toda igual!! Com prédios baixinhos e da mesma cor. Muita interação também na forma de vídeos, painéis e jogos. Gostei do lugar!!!

A entrada para essa torre fica dentro de um shopping e acabamos descobrindo uma cheesecake factory. E, claro, foi onde terminamos a noite!!! Sentados na varanda, comendo e rindo de qualquer bobeira ou pessoa que passava na rua.

A próxima foto é só pra mostrar um lugar de onde eu vou sentir saudades. bgood!

Dia 6

Chegamos a conclusão que acabamos ficando um dia a mais em Boston. Então Bruno ficou procurando o que fazer hoje porque a nossa programação já havia acabado. Mas essa cidade surpreende e hoje fizemos um passeio incrível.

Primeiro tomamos café da manhã em uma padaria com estilo francês. Au Bon Pain. Porções mais delicadas. Peguei uma caixinha que tinha uvas, dois pedaços de queijo brie, umas pequenas fatias de cheddar branco e uma meia dúzia de biscoitos de sal. Exatamente o que eu precisava. Coisa que é difícil por aqui já tudo é exagerado.

Caminhamos para a estação de metro e seguimos na direção do museu JFK. Na estação, a gente tem que esperar um ônibus que passa de vinte em vinte minutos e nos leva até a porta do museu.

Simplesmente maravilhoso!!! Como eles sabem preservar a memória. Depois de passar tanto tempo curtindo e vivenciando a história da independência dos EUA, hoje foi o dia de viver JFK. Conhecemos tudo por meio de vídeos, objetos, detalhes da campanha presidencial, o discurso de posse e as imagens do dia da sua morte na TV. O lugar é enorme e dá pra esquecer a vida lá dentro. Valeu muito a pena!!

No final da tarde fomos conhecer o navio de guerra mais antigo que ainda existe no mundo e ainda funciona. Sua construção tem mais de 200 anos!! Ao lado de onde ele está aportado tem um museu que conta toda a história do navio. Foi interessante, mas nem tanto. Acho que esperava mais. Valeu pela caminhada enorme que fizemos porque era do outro lado da cidade e nós fomos e voltamos à pé. Deve ter sido uns milhares de quilômetros.

Para terminar essa caminhada quase sete horas da noite, o "mimadinho" resolveu jantar uma sobremesa. E assim terminamos nosso último dia em Boston!!

As fotos estão no álbum Google fotos - 2015 Viagem com o Bruno EUA

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