Nova Orleans e Miami - janeiro de 2017
Nem sei de onde surgiu a vontade de conhecer essa
cidade. Talvez tenha sido por tudo que li e vi na época do Katrina.
Acabei me interessando. Ou pelas grandes recordações dos filmes que se passavam
no Mississipi. Enfim, consegui fazer esse passeio.
Como a viagem foi programada um pouco de última hora o
trecho foi um pouco confusa. Fizemos Rio x Panamá x Miami. Dormimos em Miami e
no outro dia chegamos na cidade.
Li bastante antes de conhecer e já tinha meu roteiro
traçado. Sempre faço isso antes de qualquer viagem. É claro que algumas
modificações foram feitas. Principalmente quanto a andar pela cidade. Achava
que um ou dois dias seriam suficientes para o French Quarter mas acho que dá
vontade de ir todos os dias.
Andamos no bondinho elétrico que passa por alguns pontos
principais da cidade. Paramos para conhecer o bairro Garden District onde
tem os grandes casarões antigos. Hoje estão quase todos tombados pelo
patrimônio. Parece cenário de filme.
Depois, passeamos por uma avenida enorme. Mesmo com toda a boa
vontade para caminhar, não conseguimos achar o final da rua. Muitas lojas
de artes, coisas bonitas e café. Almoçamos em uma padaria super charmosa com
cara de Buenos Aires.
Tive vontade de fazer o tour culinário mas achei muito caro
e resolvi fazer o meu tour particular. Comemos o popular po-boy que é um
sanduíche de pão francês com camarão empanado. Achei seco e sem graça. Fizemos
uma boa degustação da comida creole. O famoso arroz com feijão vermelho,
camarão, linguiça e molho de tomate picante. Comi o melhor pudim de pão da
minha vida (😄😄😄).
Todos os sites
de viagem te mandam ir ao café du monde. Mas tem uma fila que não acaba nunca.
A gente sempre passava na porta e desistia. Mas em um dia depois do almoço
passando por lá como quem não quer nada, tava vazio. Não entendemos. Deu pra
sentar e comer tranquilo. Diferente!! Não tem que escolher nada. É café com
chicórea e o beignets. O café tem um leve amargor e os beignets são como sonho
de padaria só que bem quentinhos.
O café Amélie é um charme. Fica um pouco escondido e a gente pode ficar no jardim ou dentro da casa. Dentro da casa tem um teto que precisa ser admirarado por causa de uma pintura muito interessante. Pedimos uma salada grande (divina) e um hambúrguer no prato. A sobremesa foi um exagero. Pedimos uma pra cada um e dava pra mais umas dez pessoas.
O primeiro dia que andamos na beira do Rio Mississipi
estava tão nublado que não dava pra ver quase nada. Depois voltamos em um dia
de sol e curtimos a vista. O rio não é muito largo e os navios passam bem
pertinho. Assistimos a uma apresentação de uma banda de meninos tocando tango
argentino na beira do rio.
Duas coisas que gostei muito andar pela Royal Street e pela
Decatur Street. Várias vezes ao dia. Entrando nas lojinhas e ouvindo jazz em
toda esquina. Muito bom!
Ahhhh outra coisa deliciosa é o praline, que é um tipo de
pé de moleque com nozes pecan. Divino!!!
Loja de pimenta também tem muita e com todos os potinhos
para degustação. Mas tem que ir com cautela. O Edson resolveu provar a mais
forte e quase teve um piripaque na loja.
Não fomos a show de jazz em restaurante porque assistimos
vários nas ruas. Os melhores foram dos meninos de new jersey e o do St Roch
Market que ficava perto do nosso hotel. Aliás, um mercado bem legal com várias
opções de lanche. Lá a gente comeu um sanduíche de frango de padaria desfiado com
molho pesto que tava o máximo.
Em alguns restaurantes, a entrada, no lugar do pão, era
pedaços de batata doce.
O bairro do nosso hotel é bem residencial e quando a gente
caminhava pelas ruas as pessoas davam bom dia. Cheio de casinhas lindas e decoradas
ainda do natal. Aliás, árvore de Natal aqui parece que não se desmonta. Já vi
várias e era a segunda quinzena de janeiro.
Alugamos um carro para conhecer uma plantation. Existem
várias e são todas na mesma região. Então, pesquisei e escolhi
visitar uma só - a laura plantation. Um bom passeio! Fácil de chegar e
tem tour a cada meia hora. A nossa guia explicou muito bem sobre a história da
família, as tradições e a situação do escravos.
Na saída dessa plantation, entramos em um restaurante bem
ao lado. Lugar simples mas simpático. A garçonete explicou as duas opções de
prato do dia. Não entendemos a primeira opção e a segunda só dava pra entender
que tinha camarão. Depois de repetir outras duas vezes, ficamos sem graça e
pedimos o prato que tinha camarão. Não era um prato. Era uma bacia de plástico.
Plástico mesmo, dessas da loja de 1,99. Dentro tinha muito camarão
gigante com cabeça e rabo. Cozido só no vapor. Também colocou na mesa uma tábua
com uma (uma mesmo) batata inteira, cozida e descascada. Sem prato, talheres ou
guardanapos. Ficamos esperando. Como ela foi pro balcão pensar na vida. O Edson
resolveu chamar e perguntar qualquer coisa. Ela foi gentil, pegou uma luva e
demonstrou que era só tirar a cabeça e o rabo e comer. Ah tá. Obrigada!
Também no nosso bairro fomos conhecer o Paladar 511. Um
restaurante montado em uma antiga fábrica e super estiloso. Comemos pizza e
tomamos vinho. No final. Uma torta de limão leve, suave e deliciosa.
O nosso penúltimo dia foi com chuva mas mesmo assim conseguimos
passear mais uma vez no Franch Quarter. Não dá vontade de ir embora.
Depois de uma semana, fomos para Miami e ficamos por mais
uma semana na casa do João Ângelo e a Andréa. Muito bom conhecer Miami ao lado
de quem mora por lá. Nada de andar naquelas ruas e lojas movimentadas junto com
os turistas. Fomos a lugares e bairros bem diferentes. Comemos bem e rimos
muito o tempo todo.
O detalhe é lembrar que eles moravam no andar 52. Chegar na
varanda era um programa proibido. Dava o maior medo. E teve um dia que faltou
luz e nós descemos todos aqueles andares rindo muito. Ainda bem que foi pra
baixo.
As fotos estão
no álbum do Google fotos - 2017 Nova Orleans e Miami
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